a última lhe escorre pelo peito
insubstância fugidia que persiste em consonância
e, sublime, leva junto de si o inescapável suspiro.
vazio.
salto no escuro com a incerteza a testemunhar
vamos, vumbora
que mais há por ver?
acordo trôpego, âmago em largo descompasso
miro o que não tem nome em recônditos insuspeitos
sem rosto, essência
minha busca é por nós em detalhes despercebidos
as palavras emudecem e dão o tom da solidão
nesta noite de chuva para a qual não há abrigo – sou eu a transbordar
fluindo em curvas, quedas e corredeiras
tua perna foz, braço de rio
meus olhos, mare nostrum de sonhos em naufrágio